A cabeleireira Netinha Matias de 40 anos, foi
espancada a socos e pontapés no rosto e pernas por dois rapazes no município de
Sigefredo Pacheco . O crime causou revolta na cidade e circulou como se fosse
provocado por questões política. A vítima aparece em um vídeo - que circula na
internet - com o rosto desfigurado e cita o nome do candidato Jair Bolsonaro
(PSL). Em depoimento a Polícia, a travesti nega que tenha motivação política.
De acordo com o delegado Andrei Alvarenga, dois
suspeitos foram conduzidos a Delegacia Regional de Campo Maior para prestar
depoimento. Os três foram ouvidos na tarde desta quarta-feira (26/09).
No vídeo gravado logo após as agressões, Netinha
cita os nomes dos agressores e o motivo pelo qual a agressão ocorreu. VEJA:
Em seu perfil, Netinha participa da campanha
#EleNão, promovida por mulheres contra o
nome de Jair Bolsonaro à Presidência da República.
"O flagrante está sendo finalizado. Até o
momento, o que indica é que ela foi agredida por uma questão de mal
entendimento. Todos já se conheciam. Houve uma discussão e as agressões
começaram. Está se espalhando que a agressão tem cunho político, mas as pessoas
estão politizando demais", citou o delegado, alegando que as oitivas
esclarecerá o que motivou às agressões.
"A questão é que uma pessoa foi gravemente
ferida ao ponto de fingir um desmaio, que estava morta, para que as agressões
acabassem. Bateram muito nela", acrescentou o delegado.
No seu depoimento, a vítima afirmou que estava sendo
extorquida por dois rapazes de nome "Pedro e Wesley". Segundo
Netinha, os agressores tentaram lhe enforcar e que eles estavam "parecendo
dois animais violentos".
Sobre a questão política, Netinha nega, mas crê que
eles agrediram também por ela ser travesti. Veja na íntegra parte do
depoimento.