sexta-feira

'Não é só a venda da Chesf, é a venda do Rio São Francisco', diz W. Dias sobre privatização


Urbanitários entregaram dossiê com informações sobre conseqüências da possível privatização

Foto: Divulgação
 Em reunião com líderes da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), nessa quinta-feira (28), o governador Wellington Dias reafirmou posicionamento contrário à privatização da instituição. Durante a reunião, representantes do Sindicato dos Urbanitários entregaram ao chefe do Executivo estadual um dossiê com informações sobre os impactos e prejuízos causados com a possível privatização. 
“O governador sempre preocupado com as questões do Piauí manifestou o engajamento contrário a esse absurdo que é a privatização. Estamos mobilizando os governadores de todo o nordeste e queremos contar também do apoio da sociedade que precisa se envolver. Pois, infelizmente, temos um patrimônio do Nordeste e do Brasil que está sendo vendido sem nenhuma discussão, sem nenhum debate”, explica o ex-diretor da Chesf, Mozart Bandeira.
Segundo ele, a mobilização tem ocorrido em todo o território nordestino. “Na quarta-feira (27), a Assembleia Legislativa, por meio de proposição da deputada Flora Izabel, colocou em pauta o assunto. Haverá uma grande mobilização em Petrolina, no próximo dia 06 de outubro, no berço onde fica a Chesf, e também estaremos no dia 20 na Assembleia Legislativa de Natal”, destacou Mozart, explicando que outros atos devem ser realizados a nível também de Câmaras Municipais.
 "A venda da Chesf não é apenas a venda de uma empresa. É a venda do Rio São Francisco, e isso também mexe com o sentimento do Nordeste. Aqui, no caso a Cepisa, estamos falando de um patrimônio valioso, que lá atrás, o Governo do Piauí assumiu todas as dívidas. E isso foi pago junto à União e nunca foi completado esse processo de federalização”, disse Wellington Dias.
O governador explica que já entrou com um processo pedindo a suspensão da venda da Cepisa. “No Fórum dos Governadores soltamos uma posição clara, de que, nesse momento em que o país está debilitado, e que há toda uma desconfiança em relação ao mercado, toda essa insegurança nacional, a venda de um patrimônio como a Eletrobras, a Chesf, com certeza trará grandes prejuízos ao povo brasileiro, ao povo nordestino e ao povo do Piauí. Por essa razão, disse que já havíamos tomado uma decisão de lutar para retirar esses calendários que foram apresentados de privatização e colocar em primeiro lugar os interesses do povo do Piauí e do Brasil. Esses são bens símbolos nacionais”, destacou o gestor.

 Da Redação do piripiri Mais