O
carro dos jornalistas foi quebrado apenas por ser vermelho.
Na noite desse domingo (21/10), um casal de
jornalistas identificados como Pablo Cavalcante e Glenda Uchôa foram agredidos
durante uma manifestação a favor do candidato a presidência, Jair Bolsonaro
(PSL) que estava sendo realizada na Ponte Estaiada, na zona Leste de Teresina.
Segundo relatos da jornalista bastante apavorada,
eles pararam no sinal vermelho no meio do ato e a partir daí foram
hostilizados. “A gente estava voltando do cinema e passamos bem debaixo da
ponte, eu não sabia que estava tendo esse ato lá, a gente era o primeiro carro
antes da faixa e eu fui olhar para o meu celular, foi a única reação possível
que eu fiz. Depois fiz um aceno negativo, tipo ‘a gente vai ficar aqui?’, mas
estava falando com o Pablo e os vidros estavam fechados, pois veio esse homem
do lado do vidro pedindo para ele baixar, aí o Pablo não baixou todo, baixou
uns quatro dedos, olhou para ele e ele não falou nada. O Pablo ia subir com o
vidro, pois esse homem pegou, botou as duas mãos no vidro e estourou o vidro do
carro do nada, Eu pensei que ia pegar uma faca, uma arma e tudo isso sem motivo
nenhum”, relatou.
Agressor
foi conduzido para a Central de Flagrantes
Glenda afirmou ainda que o homem estava com uma
camisa de Jair Bolsonaro que prontamente foi tirada quando a polícia chegou no
local.
Segundo o comandante do 5º Batalhão da Polícia
Militar, o homem foi identificado como Antônio Augusto e estava com suspeita de
quem ingeriu bebida alcoólica. “O casal estava no carro, um Renault vermelho
parados no sinal e esse homem de 56 anos se aproximou do vidro e quebrou, ele
foi conduzido para a Central de Flagrantes junto com a vítima e liberado depois
de um Termo Circunstanciado de Ocorrência. Nós estávamos na manifestação e até
aquele momento não tinha ocorrido nenhum outro registro de violência”, disse.
A jornalista registrou um Boletim de Ocorrência e o
veículo foi periciado já que houve dano material e o autor do crime tem que ser
responsabilizado. “Além disso também afetou nosso psicológico, achei que iam
pegar uma faca e matar a gente só por conta da cor do carro”, declarou.
Fonte:
Portal Meio Norte